A prótese dentária é uma
especialidade que atua nos bastidores da odontologia, a qual o protético produz
próteses dentárias e aparelhos ortodônticos a pedido do cirurgião-dentista. O
protético trabalha obrigatoriamente para auxiliar o dentista e não diretamente
para o paciente.
O protético dentário é o
profissional que confecciona próteses removíveis, implantes, moldes para
clareamento, aparelhos de ortodontia e trabalhos com facetas de porcelana. , O
seu principal objetivo é a reabilitação bucal, em todas as suas funções:
estética, fonética e mastigação.
Características de um
protético dentário
=> É fundamental ter habilidade manual e conhecimento
teórico, para isso é necessário muito estudo e atenção.
=> Senso de responsabilidade
=> Senso estético
=> Capacidade de concentração
=> Autocontrole
=> Atenção aos detalhes
=> Organização
=> Boa coordenação motora
=> Boa visão
=> Disciplina
=> Habilidade manual
=> Perfeccionismo
=> Paciência
=> Dedicação
Formação necessária
Para exercer a atividade de
protético é necessário fazer curso técnico de Prótese Dentária reconhecido pelo
Conselho Regional de Odontologia (CRO), que pode durar entre um ano e meio a
dois anos. Geralmente desde o primeiro semestre de aula, o aluno começa a fazer
estágio. O ensino feito por esse profissional de nível técnico é aprimorado em
cursos com outros profissionais com maior experiência. Para atuar na área é
obrigatório ter o registro do Conselho Regional de Odontologia da jurisdição em
que exercerá a profissão. No caso de técnicos, o Conselho exige um curso de
formação com no mínimo 2200 horas de aula. A escola também precisa ser
registrada no CRO.
As principais atividades
=> Aplicação de cerâmica
=> Reposição e
restauração de maneira indireta nos dentes, por meio de confecção de próteses
fixas (coroas em metal, porcelana e materiais poliméricos e pontes) ou próteses
removíveis (prótese total, dentadura ou prótese parcial removível); ponte móvel
e até próteses modernas produzidas sobre implantes como overdentures, próteses
fixas livres de metal (metalfree) e próteses protocolo
=> Confecção de moldes para clareamento e aparelhos ortodônticos
=> Trabalhar com facetas de porcelana
Especialidades – Áreas de
atuação
=> O profissional que faz o curso técnico pode trabalhar
em laboratórios e clínicas, hospitais públicos, nas Forças Armadas, Polícias
Civil e Militar e no Corpo de Bombeiros. Além disso, podem optar por em
trabalhar como autônomo, consultor de empresas e demonstrador técnico ou mesmo
dono de laboratório.
=> Trabalhar em laboratórios (próprios ou não)
=> Prestar serviços para diversas clínicas e laboratórios
=> Divulgação de materiais
=> Promover cursos e congressos
=> Dar aulas
=> Trabalhar em consultórios dentários
=> Trabalhar em hospitais buco-maxilo
=> Fazer implantes
=> Especializar-se em moldar aparelhos
O mercado de trabalho
O mercado para este
profissional é extremamente atraente. Por se tratar de um serviço terceirizado
da Odontologia, o segmento ainda é pouco difundido, mas já se consolida como um
dos mais promissores na área da saúde e estética bucal. O interessado deve
estar sempre atualizado, pois existem poucos profissionais bons no mercado e as
maiores oportunidades estão nas cidades grandes, onde são mais bem remunerados.
Muitas vezes, vários profissionais optam por montar o próprio laboratório,
tendo uma possibilidade de ganho maior.
Algumas curiosidades
No início, fazer prótese era
atividade de dentista. Quando muito, o dentista incumbia alguém, um auxiliar,
para executar certas tarefas de prótese. A própria odontologia tinha seus
problemas com os chamados práticos licenciados, profissionais que exerciam a
atividade sem formação superior. Até que na Revolução de 30, Getúlio Vargas
tomou providências, com um decreto-lei referente à Odontologia, que citava o
protético.
Foi criado um Serviço de
Fiscalização da Saúde Pública, que ia aos consultórios e, conseqüentemente, aos
laboratórios, já que na época estes não passavam de “cantinhos” dos
consultórios dentários, pequenas salas anexas. Era na verdade, o Serviço de
Fiscalização de Medicina, que controlava as atividades médicas, farmacêuticas e
odontológicas. Esse foi o primeiro passo para em 1935, o governo desse um fim
aos práticos licenciados, instituindo um exame de habilitação com certificado
para quem quisesse exercer a odontologia.
O protético dentário só
entra em cena em 1943, através do Departamento Nacional de Saúde Pública que
criou a Portaria n°29, que obrigava o protético a prestar exame, passando por
uma banca examinadora, para só então, trabalhar com a prótese. Graças a essa
exigência, os profissionais começaram a se conhecer. Acabavam se encontrando na
inscrição e posteriormente, na Faculdade de Odontologia para prestar o exame
prático e oral. A prova escrita pouco exigia do candidato. Eram questões
simples, de terceira série primária, e na oral, as perguntas faziam referências
aos aparelhos usados na atividade, ou seja, era uma prova apenas para legalizar
os que já praticavam a profissão. Todos os inscritos foram aprovados.
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